Estudar em um curso de humanas, como Letras, já acarreta necessariamente em uma visão política. Querendo ou não, alunos dessa área do conhecimento tomam contato com diversos posicionamentos e têm uma visão ampliada sobre a história em seus diversos sentidos e percursos.
O que não acontece, muitas vezes, é esses alunos estarem engajados politicamente com uma determinada causa. Os centros acadêmicos acabam sempre precisando de mais gente que trabalhe e poucas pessoas se dispõem, por já estarem muito ocupadas com outras coisas que pensam ser prioritárias. Esse posicionamento de afastamento, praticamente unânime, é reflexo de uma sociedade que passou por muito tempo de repressão, aprendeu a calar ao invés de lutar, aprendeu a acostumar-se com as situações que são dadas, pensando serem melhores assim do que se desgastarem pela defesa de um direito adquirido em legislação, por exemplo.
Obviamente quem desta maneira pensa, ou não pensa, está por muito equivocado. Mais do que posicionamento político, é preciso conhecer as esferas de poder que nos cercam. Conhecê-las é o primeiro passo para depois tentar ajudar, criticar com embasamento, modificar.
Este semestre, por exemplo, viveremos um semestre de mudanças políticas em nossa universidade. Muitas pessoas dificilmente sabem do que se trata. O mês de março de 2012 é marcado pela eleição para o cargo de reitoria da UTFPR e embora muitos não saibam, os alunos têm o direito de 20% na decisão de escolha desse representante, o reitor. Serão lançadas aqui no blog matérias que expliquem esta e outras realidades acadêmicas das quais se acredita serem de interesse de todos os acadêmicos do Curso de Letras da UT. Atente-se para o marcador 'Política' criado com este post que servirá para assuntos relacionados às eleições na UT.
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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR