terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Data limite para pedido de suficiência


Informamos a todos que a data limite para pedido de suficiência das disciplinas de inglês neste semestre é dia 14/12/2012 na Secretaria. 

Todas as disciplinas referentes à língua inglesa são passíveis de suficiência mediante prova. Vá até a secretaria e peça já caso haja interesse!

Agradecemos à informação enviada pela professora Ana Valéria Bork, responsável das provas de suficiência.


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Divulgando o site da Letras UTF


Para quem ainda não sabe, o site da Letras contém diversas informações relevantes para o curso. Desde a Matriz Curricular, links para os sites dos departamentos relevantes para Letras, histórico do curso, contatos e muito mais. As ementas das disciplinas também constam lá, divididas pelos períodos.

Aproveite para divulgar e saiba mais sobre o curso que você faz!

http://www.dacex.ct.utfpr.edu.br/letras/

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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Programa Bolsa-Permanência 2/2012


Informamos que o Programa Bolsa Permanência está recebendo a documentação para a avaliação sócio-econômica quanto à participação do mesmo. O critério principal para conseguir a bolsa (que consiste em um auxílio de R$200,00 mais acesso ao RU, seja para almoço, janta ou almoço e janta) é ter renda percapta de no máximo um sálario mínimo e meio, em média R$933,00. 

Quem já é bolsista e deseja continuar no programa precisa trazer algumas documentações, mas não todas que já foram entregues, então, deve-se conferir o edital. Cada semestre é como se fosse um novo, e por isso, é necessária a inscrição e o conscentimento do edital vigente. 

Uma outra mudança interessante é que agora bolsistas de PIBIC, que antes eram impedidos de concorrerem pelo edital do PIBIC, poderão também entrar na concorrência para a bolsa. 
O prazo inciado hoje, 03/12, vai até 14/12/2012, às 19h. 

O Edital 34/2012 está aberto e pode ser conferido no link: http://bit.ly/R1r6pw

Levem as documentações o quanto antes, pois nos últimas dias a fila para entrega dos documentos fica grande, e pode demorar algumas horas para a entrega.

Agradecemos as informações da assistente social do Nuape, Rosangela Wojdela.


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Errata Nova Matriz



Recebemos a informação recentemente de que a matriz nova do curso de Letras ficou em suspenso, então ainda não haverá alterações mesmo para os calouros. A ideia futura é, como já falado, diminuir a quantidade de disciplinas por período. 


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Coordenação de Letras muda de endereço!



Agora a coordenação do curso de Letras está de endereço novo. O atendimento desde ontem está sendo realizado na sala A204, próximo à biblioteca. O telefone é o mesmo, 3310-4995.

A antiga sala, em cima do Banco do Brasil, continua em posse do DACEX, e está agora destinada a atendimento de alunos, TCC, monitoria, PIBID, PIBC etc. A responsabilidade da sala por ainda ser do mesmo departamento, pode ser requisitada ao se entrar em contato pelo telefone 3310-4595.



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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Entenda a nova matriz do curso de Letras



O curso de Letras da UTF passou por algumas reestruturações, mas elas ainda parecem não estar claras a todos. Então, o objetivo desta matéria é trazer à luz tais mudanças.

O que muda para todos os veteranos é apenas a carga horária de estágio obrigatório, que no montante de 700 horas reduziu para 400. Apenas essa mudança ocorre de fato. 

A matriz reorganizada valerá para os calouros, que teve algumas disciplinas aglutinadas e outras reorganizadas. A intenção maior foi reduzir a quantidade de disciplinas que chegavam a 13 em um semestre letivo para alunos periodizados e poderia passar disso para quem tivesse alguma dependência. 

Para quem tinha o sonho de ter uma nova matriz durante o curso, isso não vai ocorrer. Veremos os alunos novos tendo menos encargos. Dentro de quatro anos a matriz nova estará em completo funcionamento. Com o tempo, as disciplinas pendentes não serão mais ofertadas, o que pode gerar alguns problemas com as dependências, então, tentemos não deixar nada para trás, atrasando ainda mais a conclusão do curso.



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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

Lembre-se de conferir a confirmação de matrícula



A confirmação de matrícula sai no próximo dia 29/11/2012, pelo sistema acadêmico. Caso necessário, poderá ser feito ajuste na matrícula, o que normalmente é preciso quando uma disciplina obrigatória é negada da primeira vez. O plantão será dado na sala D104 e também pela coordenação de curso, agora alocada no bloco A, próxima à Biblioteca.

Dos dias 30/11/2012 a 1/12/2012 serão destinados a Enriquecimento Curricular, feito também pelo sistema.

Não perca as datas e esteja pronto para as aulas no dia 03/12/2012!


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

Matriz Curricular do Estado



Como já de conhecimento da maioria, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná planeja a mudança de Matriz Curricular no estado. O principal prejuízo ocorreria na disciplina de Inglês que teria sua carga horária reduzida. Assim, foi montado um abaixo-assinado on-line como reivindicação por parte da comunidade.

Segue o link para assinatura do abaixo-assinado.

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=APLIEPAR

Sugestão de notícia do presidente do CA Cristiano Bueno.


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

domingo, 25 de novembro de 2012

Mobilizações para o dia 27/11



Devido às atuais mobilizações estudantis e políticas acontecidas na UTF, repassamos as informações:

"Prezados representantes de Centros Acadêmicos e demais entidades discentes,

Nesta terça-feira, dia 27, a Seção Sindical dos Técnico-Administrativos da UTFPR promoverá no câmpus Curitiba as atividades abaixo descritas:


Às 9h40:
Coffee-break para os servidores técnico-administrativos de Curitiba no rol Nilo Peçanha, no primeiro andar do bloco J. Discutiremos brevemente aspectos relacionados ao processo nº 03/2012, do COUNI, que será apreciado em reunião extraordinária deste Conselho às 15h deste dia. 
(Essa atividade contará com a participação de representantes de Centros Acadêmicos, do GECEL, do DCE, da SINUTEF-PR, do SINDITEST-PR e do SINDUTF-PR, além de membros do COUNI e da Comissão Comunitária de Acompanhamento do Câmpus Curitiba. Por gentileza, indiquem um representante do seu Centro Acadêmico para representá-lo!)

Às 14h:
Reunião no Auditório do câmpus para dar informes sobre o processo de flexibilização da jornada de trabalho para 30h semanais. 

Às 15h:
Tão logo encerremos o debate acima, ainda no Auditório, transmitiremos a reunião do COUNI que discutirá a manutenção/extinção do câmpus Curitiba. Estudantes, técnicos e professores estão convidados para assisti-la juntos!

Vamos construir juntos esse momento da Universidade!"

*Mensagem recebida pelo Centro Acadêmico

Divulgação: Nabylla Fiori - Secretária


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Matrícula para veteranos: dicas e datas



Amanhã, dia 23/11/2012 começa o período de matrícula para todos os alunos da UTFPR câmpus Curitiba.

Para fazer a matrícula, basta ter em mãos o número de matrícula e a senha do sistema. Os mesmos utilizados para ver as notas postadas no 'boletim'. O endereço é conhecido já: http://utfpr.edu.br/alunos no portal do aluno de Curitiba e depois ir na guia de matrícula. O quanto antes a matrícula for feita, mais fácil é ajustar caso dê problemas.

Lembrem-se de que disciplinas atrasadas há mais de três períodos são automaticamente matriculadas pelo sistema. É uma maneira de tentar diminuir o jubilamento dos alunos. Críticas à parte, o sistema é rígido. Outro detalhe, é que o número da matriz curricular do curso de letras é 234, vale a pena deixar a matriz aberta no momento em que for fazer a matrícula. Facilita na visão geral. Todo o processo de matrícula pode e deve ser feito online. 

Depois do dia 26/11/2012, será aberto o sistema novamente para ajustes e confirmação de matrícula no dia 29/11, ou seja, se der algum problema, este é o dia para resolver, o que deve ser feito, normalmente na universidade. No dia 30/11 ocorre a inclusão de disciplinas, para enriquecimento curricular. Este é o último dia de possibilidade de alteração no sistema da matrícula, depois disso, não há mais como fazer. 

As aulas retornam dia 03/12/2012, com o início do segundo semestre de 2012. Qualquer dúvida, entrem em contato, que tentaremos ajudar!


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Anderson Spier Gomes
Diretor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR
Chapa GerAtiva

sábado, 3 de novembro de 2012

Agradecimentos e encerramento de etapa



Normalmente as matérias são escritas em terceira pessoa para dar uma maior impessoalidade, mas hoje gostaria de quebrar um pouco essa tradição. O motivo é bem simples: quero agradecer a todos. Agradecer, primeiramente, à diretora de comunicação da Chapa Catatau, Fernanda Alves de Oliveira, quem me deu total apoio enquanto assessor de comunicação da chapa, sempre confiando em meus textos e no trabalho que venho exercendo. 

Aos professores que sempre me mandam notícias sobre congressos, eventos, palestras e que são devidamente postadas aqui, também gostaria de agradecer. Em especial à professora e coordenadora do curso Miriam Sester Retorta, quem envia constantemente inclusive oportunidade de estágios e emprego para os alunos. 

Agradecer, também, a todos os demais membros da chapa que estiveram durante esta gestão se empenhando para que o as competências atribuídas ao Centro Acadêmico de Letras da UTF pudessem ser desenvolvidas. Obviamente, sem o trabalho de todos, nada teríamos conseguido fazer. Durante uma gestão como esta, que está se encerrando, sabemos que há conflitos e desencontros, mas precisamos sempre olhar em frente e levar dessas experiências o aprendizado.

O agradecimento especial vai a todos que acessaram este blog e também a página no Facebook. Em 145 postagens no blog tivemos mais de 17.000 acessos. Realmente obrigado e continuemos a usar todas as ferramentas possíveis para a comunicação entre os acadêmicos do curso.

Vivemos nessa semana o processo eleitoral para a próxima gestão do Centro Acadêmico, sendo que a Chapa GerAtiva foi eleita e aprovada pela Comissão Eleitoral como a próxima gestão do CA. À presidente da comissão, Mariana Marino e as integrantes da mesma, Pamela Zibe Manosso, Renata Morales Diaz e Suellen Breda, parabéns pelo trabalho exercido com maestria e pelo esmero durante o processo. 

Sabemos que ainda há  muito para ser feito. Quero poder usar as ferramentas digitais principalmente para criar maior envolvimento dos alunos com as questões políticas do curso e das demais instâncias de poder que geram nosso dia a dia. É sabido que estamos ainda muito aquém das expectativas por sermos acadêmicos de um curso de licenciatura, que deveria por excelência ser engajado, entretanto não perco as esperanças de, se não tornar todos envolvidos, ao menos conseguir causar uma inquietação política que perdure durante toda a trajetória docente de cada um. 

Nos próximos dias teremos a Assembleia de Posse da próxima chapa e espero ver grande parte dos alunos presentes. Mais do que presença, gostaria de pedir ideias, sugestões, críticas, mas mais do que isso, vontade e esmero para as causas estudantis. 

Ajudem na divulgação das redes sociais do CALET e façamos, todos juntos, um curso cada vez melhor. 

Att,

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eleições do CALET - 31/10



Estamos vivendo um momento de exercício de nossos deveres enquanto alunos para podermos votar para a nova gestão do Centro Acadêmico de Letras - Calet. Mais do que um dever, é uma oportunidade de inteirar-se ainda mais das estruturas que possuímos para garantir nossos direitos.

Na última assembleia geral do curso, 18/10/2012, foi instituída a Comissão Eleitoral, sendo a Mariana Marino presidente da mesma e contando com o apoio de Pamela Zibe Manosso, Renata Morales Diaz e Suellen Breda também na comissão. A data para inscrição de chapas encerrou à meia-noite do dia 23/10/2012 e as divulgações devem se iniciar assim que a Comissão Eleitoral verificar a legalidade das inscrições das chapas. As divulgações em si perdurarão até o dia 30/10/2012, sendo que as eleições ocorrerão no dia 31/10/2012, no qual é vedado qualquer tipo de propaganda. 

Fiquemos atentos para tudo isso e ajudemos na promoção das datas e na conscientização de todos os alunos do curso para as eleições. 


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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Assembleia Geral de Estudantes de Letras - UTFPR-Ct



O Centro Acadêmico de Letras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Curitiba realizará no próximo dia 18 de outubro de 2012 a Assembleia Geral de Estudantes do curso. O assunto principal de pauta será o processo eleitoral para a próxima diretoria do Centro Acadêmico, bem como a formação do Comissão Eleitoral, responsável por todo o processo.  Serão dadas, também, informações sobre inscrições de chapas e calendário do processo eleitoral.

A primeira chamada será às 17h30min e a segunda chamada às 18h do dia 18/10/2012, no Mini-auditório da UTFPR-Ct.

É de vital importância a presença do maior número de alunos possível, para que os informes sejam passados de maneira precisa. Ajudem na divulgação deste informe e do evento criado no Facebook: http://on.fb.me/Tk0EBw

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Câmpus Sede? Câmpus Curitiba?

Agora é Câmpus Sede ou Câmpus Curitiba? O que de fato aconteceu? Como já dito neste blog anteriormente, está havendo mudanças no quadro administrativo (leia a matéria anterior clicando aqui). Ontem à noite, entretanto, uma nova ação ocorreu.

Foi noticiado pelo site do sindicato dos professores da UTFPR, SINDUTF-PR, que a juíza Tania Maria Wurster, da 1ª Vara Federal de Curitiba, determinou a prorrogação imediata do cargo de Diretor Geral do Câmpus Curitiba, na pessoa do professor Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho. De acordo com o entendimento da juíza, o ato tomado pela reitoria fere o regimento, ignorando também o estatuto da universidade. A atitude de mudança do câmpus deveria acontecer com a reunião do Conselho Universitário, o qual criou o câmpus com os previstos 2/3 dos membros. As ilegalidades da existência do câmpus no mesmo local que a sede administrativa que a reitoria disse ter visto para a extinção, são, para a juíza, incondizentes com a atitude da reitoria. 

Vale lembrar que no próximo dia 28/09, a partir das 8h no auditório principal da UT, teremos uma Assembleia Conjunta, que contará com professores, técnicos administrativos e alunos. O motivo principal de tal reunião é a discussão de pauta local, principalmente no que concerne ao Câmpus Curitiba e a atual gestão do mesmo. Com essa novidade, teremos muito mais coisas a discutir. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ex-câmpus Curitiba agora é Câmpus Sede (atualizado)

O que se sabe até agora sobre o assunto é pouco. Para quem está por fora do assunto, já vem sido cogitado há um tempo a mudança do nome do Câmpus Curitiba para Câmpus Sede ou Câmpus Sede-Reitoria. Todavia, hoje pela manhã, no site da UTFPR em que havia os links dos câmpus, já não mais aparece o antigo "Câmpus Curitiba" e sim "Câmpus Sede", indicando as mudanças político-administrativas que a nossa universidade vem passando.

A princípio, é apenas o nome que muda da Universidade, embora o professor Marcos Flávio de Oliveira Schifler Filho tenha postado na sua página do Facebook um memorando do reitor. No documento, o reitor transfere as incumbências do Câmpus Curitiba exercidas na pessoa do Diretor Geral, para as instâncias da reitoria. Não sabemos de fato todas as mudanças que ocorrerão, pois não foi anunciado em momento algum tais mudanças. Sempre que se tratou delas, foi-se negado tal intuito. 

É sabido, entretanto, que os professores em greve já vinham discutindo tal possibilidade de extinção do câmpus durante as assembleias da categoria em greve que acabou se realizando na data de hoje pela retirada da figura do diretor-geral do câmpus. Era um dos pontos da pauta na última assembleia levantada a ser discutida na próxima, que ocorrerá no dia 06 de setembro, em termos de pauta local. O tópico houvera sido nomeado "Câmpus Curitiba", e será discutido na próxima assembleia. Não sabemos, como foi dito, quais serão os caminhos daqui para frente.

Uma possibilidade é a reorganização das hierarquias de poder hoje na UT. É isso que está sendo indicado no momento em que o reitor traz para si as responsabilidades do antigo câmpus Curitiba. Há poucas informações no site da UTFPR, sendo que o que ocorreu de fato foi uma caneta de exercimento de poder por parte do reitor. De acordo com nota no site da UT, o reitor estaria respaldado por órgãos como a Procuradoria Jurídica (PROJU) da própria instituição, e pelo MEC. O que não ocorreu, todavia, foi a consulta à comunidade acadêmica quanto a tal reestruturação, tendo em vista estarmos em greve. 

Vejamos quais serão os próximos passos, e manteremos as informações atualizadas no blog do CALET.

Página do site mencionada na matéria: http://bit.ly/RB4Ccq

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

domingo, 19 de agosto de 2012

Quem é Aloízio Mercadante? Por prof. Arandi - UTFPR



O professor Arandi Ginane Bezerra Jr, do departamento de Física da UTFPR-CT, redigiu uma análise muito bem fundamentada, trazendo à memória o militante, o professor, o político, o ministro Mercadante. Em última análise, o ministro Mercadante parece ser uma sombra do professor Mercadante, uma ruptura. Parecem pessoas distintas por terem opiniões tão díspares.


"Ora, em 24 de janeiro de 2012, Mercadante mudava de pasta, continuava ministro. O agora ministro da educação manteve seu discurso firme, talvez porque se considere “acima de tudo, economista e professor” (p.4)



Sendo que logo em seguida, na deflagração da greve, Mercadante pareça tão distante da categoria docente, acusando-a de ser precipitada em datas.


Um apelo ao professor Mercadante, e não ao "que está sendo ministro": valorize a nossa categoria profissional. 


Confira o texto do professor Arandi na íntegra em: http://bit.ly/P7QZ0o



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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Reunião do CLG - UTFPR de 15/08



No dia 15 de agosto de 2012 estivemos presentes em mais uma reunião com o assunto da greve. Desta vez não foi uma assembleia de professores, mas sim a reunião unificada dos comandos locais de greve, que reuniu professores e técnicos administrativos (TA). A realização foi no pátio central da UT, com o intuito de pessoas que estivessem passando pudessem participar e ver a movimentação em si.

A reunião foi conduzida pela professora Silvana H. Rocha, do DAMAT e membro do CLG (Comando Local de Greve), com presença de professores da diretoria do sindicato SINDUTF, Ivo, Edson, Jazomar, e da seção sindical dos TA, Lígia Assis, Vilma, Bernardo, Fabiana, além de associados de ambos os sindicatos. A pauta consistia, basicamente, em informes, atos públicos e análise de propostas.

A parte de informes se iniciou com a Vilma (TA), dizendo estarem presentes representantes de outros câmpus da UT, como Francisco Beltrão, Campo Mourão. A notícia principal foi de que a reunião que estava marcada com a categoria dos técnicos para o dia 14/08 haveria sido remarcada para o dia 15, devido à ocupação do INCRA na entrada do prédio. No âmbito local, os técnicos se dizem desrespeitados pelo reitor que não marca mesa de negociação com a categoria, e será feita monção para relatar a insatisfação.

O professor Ivo, presidente atual do SINDUTF, relatou visita que realizou juntamente ao professor Edson Fagundes ao câmpus Pato Branco. A reunião em questão era de trabalho do CLG e não avisaram com antecedência o comparecimento à reunião. O câmpus de Dois Vizinhos se fez presente também, e durante uma das falas do professor Ivo, que criticou principalmente a relação do governo petista e grevista de nascimento e desrespeitador atual dos movimentos trabalhistas, gerou grande conflito naquela cidade. Parece haver no interior do estado uma grande força de políticos dentro da universidade, além de docentes estreitamente ligados aos partidos, que não conseguem compreender o ponto levantado pelo professor Ivo, que aponta principalmente a sensação de impunidade das ações inconsequentes do governo, vide mensalões que parecem já terem um destino marcado de total inação.

Continuando com a fala, o presidente do sindicato informou que parece ter ocorrido uma reunião entre os diretores de câmpus (exceto diretor do câmpus Curitiba, professor Schiefler) e o reitor da UTFPR, professor Cantarelli, e que em tal reunião foi mostrada uma carta vinda do MEC em que se pedia para os reitores levantarem as listas de grevistas na instituição e cortarem o ponto dos mesmos. O professor Ivo disse ter conversado com a parte jurídica do sindicato, e houve explicação de que há várias versões para o corte de ponto. O corte em si não seria permitido para servidores, tendo em vista ser a única remuneração dos mesmos e meio de se sustentarem, embora alguns juízes vejam de forma diferente a acabem por aceitarem o corte, mas que sempre há encaminhamento de recurso jurídico nesses casos, e reversão praticamente imediata. Caso haja de fato corte do salário dos professores de forma definitiva, não haverá, por exemplo, necessidade de reposição de calendário, uma vez que eles não receberiam por esse trabalho.

Logo após esta fala, o servidor Bernardo interveio para corroborar nas informações anteriormente dadas pela Fabiana, ambos TA, que sintetizamos agora para que não se repitam. Disse da movimentação conjunta planejada pelos servidores de várias categorias em greve, dentre eles INCRA, IBGE, UFPR, Saúde, Defensoria. Haverá, de acordo com ele, no dia 22 de agosto uma panfletagem pela manhã, iniciando-se às 9h. Esse evento coincidirá com o proposto pela UTFPR, que é o próximo ponto da pauta.

No dia 22 de agosto às 9h na UTFPR ocorrerá o "Embrulhamento da UTFPR", com faixas ao redor de toda a universidade. O CLG está à frente do movimento, mas conta com a participação das duas categorias em greve (professores e técnicos administrativos) além do apoio dos alunos. No dia anterior, dia 21, a professora Silvana, do DAMAT, pediu para que todos os interessados fossem à universidade para verem os últimos preparativos para o evento no dia conseguinte. Portanto, é nosso encargo ajudar a divulgar e participar efetivamente do evento.

O último ponto relevante da reunião foi a flexibilização das reivindicações para com o governo. Esse pedido veio do ANDES-SN, para que, em se tratando da próxima reunião com o governo, se soubesse quais pontos poderiam ser flexibilizados ou não. O pedido não agradou muito aos professores presentes (Maurini, DACEX, Arandi, DAELT e Haroldo que se manifestaram em seguida propondo o texto a ser encaminhado para o Comando Nacional de Greve), principalmente por conta de o governo não ter de fato dado uma contra-proposta aos docentes. A proposta feita pelo mesmo infringia as principais reivindicações da categoria, como unificação da carreira e incorporação das gratificações ao salário base. A maior parte das categorias do serviço pública federal em greve pede isso, tendo em vista que na maioria dos casos as gratificações são a maior parte do 'salário' dos servidores, enquanto o salário fixo, assegurado por lei e que conta realmente para aposentaria e demais benefícios como INSS, está estagnado há anos, sequer com a correção inflacionária como ocorre nos demais setores trabalhistas. Por fim, os professores presentes decidiram por encaminhar carta ao CNG dizendo serem contrários à flexibilização antes de uma contra-proposta real do governo, ou ainda, de uma mesa de negociações de verdade com a categoria. Todavia, havendo uma dessas duas ações, o CNG teria total apoio dos docentes da UTFPR para tomarem a decisões  de flexibilização de pontos que viessem ao encontro das lutas feitas até agora.

Houve, por fim, a proposta do professor Ivo de um fórum para a discussão da atual conjectura do governo brasileiro, e por que ele hoje está assim. Analisou, rapidamente, o processo histórico nacional, sempre com um poder executivo advindo de poderes absolutos. Essa tendência continua até mesmo com governos populares, como foi historicamente com Getúlio Vargas, e vem se repetindo com Lula e agora Dilma. A data desse fórum, ou mesa redonda, ainda não foi marcada, embora tenha sido planejada para após o evento do dia 22. O objetivo principal é refletir quanto às políticas públicas que vêm sendo tomadas, tentar compreender como o poder executivo vê isso, bem como procurar esclarecer a comunidade a atitudes dos servidores públicos.

Tomemos consciência enquanto acadêmicos do nosso dever político. Estamos todos, querendo ou não, envolvidos em política. O não envolvimento é uma decisão, entretanto a tal resulta em impossibilidade de arrependimentos futuros. Engajemo-nos nas próximas mobilizações para que todos juntos construamos uma educação pública de qualidade.



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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Mais uma assembleia na UTFPR - CT


Hoje, terça-feira, dia sete de agosto de 2012, foi realizada mais uma assembleia do SINDUTF (Sindicato dos Docentes da UTFPR), no miniauditório da universidade, com o início em segunda chamada a partir das 14h38min. Os pontos da pauta consistiam em dar informes sobre o andamento do movimento grevista, fazer uma avaliação sobre a proposta do governo, entre outros. A assessoria de comunicação do CALET se fez presente, trazendo em primeira mão matéria para o blog detalhada sobre a assembleia.

Quem presidiu a mesa foi o professor Ivo, atual presidente do SINDUTF, acompanhado do professor Edson Fagundes, secretário do sindicato, e da professora Nanci, também da atual gestão sindical. Dando início aos informes, o professor Edson esclareceu que as unidades da UT que realizaram reuniões em seus câmpus foram unânimes em decidirem sobre a manutenção do movimento de greve, com radicalização do mesmo e impossibilidade de abandonar o principal ponto de luta, a reestruturação de carreira com níveis claros ("steps") e ascensão clara de um nível para outro. As unidades citadas pelo professor Edson foram: Pato Branco, Toledo, Dois Vizinhos. As unidades de Medianeira, Apucarana e Ponta Grossa se fizeram representadas por professores das unidades na assembleia de Curitiba, e foram ao encontro das demais, dizendo também apoiarem o que ficasse definido pela assembleia de Curitiba. 

Algumas sugestões dos câmpus foram interessantes. Destacam-se entre elas, o esclarecimento de quem é o PROIFES, para que a sociedade tenha clareza de o mesmo não ser de fato representante das vontades da categoria e sim um aliado do governo (Esclarecimento que já foi feito em matéria anterior neste blog, confira a matéria clicando aqui). O pedido de radicalização do movimento foi também realizado, bem como melhoria das condições de trabalho e o pedido de uma estrutura de 12h em sala para os professores, assim como foi feito na UFPR, também foram levantados.

O professor representante de Ponta Grossa chamou o PROIFES de "PROIFES/Governo", tendo em vista o posicionamento da instituição sempre em consonância com a instância governamental e sem levar em conta a vontade da categoria docente. Trouxe ainda uma contribuição um tanto quanto interessante. O que acontece é que, na cidade deste professor, existe um candidato à prefeitura pela sigla do PT. Esse candidato compareceu à reunião da categoria lá, e disse "O governo não está levando vocês a sério", o que demonstra uma desarticulação interna do Partido dos Trabalhadores, o qual esquece, principalmente, sua origem grevista.

Outro ponto levantado nesta assembleia, em repetição à assembleia anterior, foi para a não aceitação dos GT's que governo propõe para um progresso de discussão futura com a categoria, principalmente no que concerne aos níveis de carreira. Um dos argumentos foi que isso ocorreu desde 2010, e não levou a nada. Uma lembrança do professor Edson foi também de que, em 2008, por exemplo, os níveis da carreira de um modo de ingresso de professores seria alterado (os tão falados EBTTs), sendo que desde lá não foi realizado nada de fato.

A pedido do sindicato, uma representante jurídica do sindicato se fez presente, para esclarecer principalmente dois pontos. O primeiro seria a questão de o ANDES entrar com um pedido na justiça pela não representatividade real do PROIFES da categoria docente universitária. A representante explicitou que isso não seria possível, pois de fato não existem categorias de representação de servidores públicos, por mais que haja o direito à greve assegurado pela constituição a qualquer trabalhador. Na verdade, a estruturação como temos hoje é possível, juridicamente, apenas na esfera privada, e não na pública. Todavia, tal organização ajuda no momento de negociação, que é sempre convocada pelo próprio governo, sendo a organização comumente chamada de "representação coletiva", em termos jurídicos. O segundo ponto foi com relação a, se algum câmpus decidir, em reunião local a voltar a dar aula e houver algum professor que quiser continuar em greve, se este professor será retalhado pelo posicionamento. Obviamente há possibilidades de retalhação, como sempre há, entretanto o desejo de voltar às atividades deveria ser feito em reunião local no câmpus em questão e depois levado à assembleia que se realiza em Curitiba, a única que de fato tem poder deliberativo para dizer se a UTFPR enquanto instituição única e multi-câmpus saiu ou permaneceu na greve. Sendo que, se a universidade em si estiver em greve, o professor poderia teoricamente continuar engajado.

Houve a intervenção da professora Silvana, do DAMAT, a qual trouxe à memória algumas relações do movimento grevista. O mesmo existe há pelo menos uns 200 anos, de acordo com ela, e ainda assim falta conscientização das categorias como um todo. Precisa-se lembrar o que é uma luta de classe, que tem instâncias menores, como as seções sindicais locais, tal como o SINDUTF, e as de instâncias superiores, como o ANDES, que trabalham em acordo. Os representantes não vão com ideias próprias, e sim ideias de uma categoria que se reuniu e deliberou por algo, que ainda que esses representantes sejam contrários, irão lutar pela deliberação anteriormente feita. Sair da greve agora, como apontado por alguns presentes e pedido no início da assembleia como ponto de pauta, seria, para a professora Silvana, um demonstrar que os professores não sabem de fato o que querem, pois as propostas (ou "a proposta", pois só foi uma de fato) do governo não são satisfatórias às reivindicações da categoria, e mais, revelaria que os professores são um "bando de porra-loucas" se saíssem da greve agora. 

Dando continuidade aos informes, o professor Ivo relatou já ter havido uma média de 20 assembleias pelo país, e de que todas rejeitaram as propostas do governo, além de falarem em radicalização do movimento. Ainda de acordo com o professor Ivo, haveria uma matéria no UOL em que um representante do governo diz que essa era a única cartada do governo, ou seja, eles não têm um 'plano b'. As universidades que seriam supostamente representadas pelo PROIFES (o qual foi chamado carinhosamente de 'CONTRAIFES'), em assembleias locais também rejeitaram as propostas do governo, o que nos faz perguntar: quem de fato o PROIFES está representando? A saber, são elas UFMG, UFBA, UFSC as que rejeitaram a proposta, diferentemente apenas da UFSCar que aceitou. Houve, mais tarde, o relato de outros dois IFES que também pediram desfiliação do PROIFES e interesse de afiliação no ANDES.

Em seguida, fez-se a projeção da proposta assinada pelo PROIFES (ou PROGOVERNO) com o governo. O professor que fez a explicação dos termos e das tabelas diz-se sentir constrangido por ter que explicar novamente a proposta, tendo em vista que ela não mudar, tendo sido apenas 'maquiada'. A estruturação da carreira ainda não existe neste acordo, nem a porcentagem clara das diferenças dos níveis na carreira, tampouco como se faz para mudar nesses níveis (este ponto, de acordo com o documento, seria discutido posteriormente em GTs, os quais são totalmente desacreditados por parte dos sindicatos). Isso sem contar que os aposentados são sequer citados no documento.

Os blocos de discussão se iniciaram. Primeiramente o professor Edson disse da questão dos EBTTs e de os GTs não terem realizado nada desde 2008 em que foram criados. Nas tabelas das propostas do governo, vários pontos que já haviam sido acordados foram simplesmente ignorados. Os titulares, os quais receberiam o aumento tão divulgado pela mídia de 40%, seriam os fantasmas do acordo, pois não se sabe como chegam a esta titulação e nem quem são as pessoas que estão lá ou as que participam do grupo do MEC que as outorga. O desrespeito com os aposentados também continua. Assim, seria necessário continuar o movimento da greve com cada vez mais força.

Em seguida, o professor Ivo fez uma intervenção, falando sobre três tipos de posicionamentos frente à insatisfação para com um governo. O primeiro seria com uma guerrilha de fato, indo à faca. O segundo seria o pacífico, como foram os movimentos de Gandhi, e, por último, aqueles que dizem "Ah, deixa assim mesmo". Os professores enquanto categoria pensante e formadores de opinião pública devem, categoricamente, não deixar o conformismo tomar conta de si mesmos, ou seja, não se deve aceitar o carneirismo que o governo está tentando aplicar através do PROIFES.

Outros professores se utilizaram da fala. A professora Silvana ao voltar a falar, disse que o retorno às aulas agora seria legitimar a mentira do governo, que trabalha sempre com o máximo do aumento possível, 45%, enquanto o ANDES mostra a média (ou em termos mais corretos, a 'moda', ou seja, o salário mais ocorrido entre os docentes). Assim, acaba por conseguir manipular a opinião pública que hoje chega a dizer que os professores estão de festa e sem vontade de negociarem. 

Uma contribuição foi muito interessante, com relação às datas. Tendo em vista que o governo dá por encerrada a negociação com a categoria, o prazo de 31 de agosto que tanto é falado não necessariamente o prazo final para a greve, como muitas vezes vem sendo veiculado. Caso o governo não negocie, a continuidade da greve pode se dar sim, pois quando há vontade governista ou parlamentar, há mudanças no orçamento inclusive depois dessa data que seria o limite orçamentário para o próximo ano. Vide as reduções do IPI, os perdões de dívidas de instituições privadas, dentre outros. Assim, se para o governo os professores estão satisfeitos, que aguente mais greve. 

O prejuízo sofrido pelos alunos foi um ponto levantado na reunião, sendo que os professores sabem que haverá prejuízo aos mesmos, mas a qualidade do ensino não pode mudar. Gostaria de aqui fazer um comentário um pouco maior. Estive lendo esses dias atrás alguns comentários de discentes sobre a greve. O ponto central de um dos textos foi que os professores na verdade estariam querendo apenas aparecer e seriam eles que não querem negociar com o governo que está fazendo a sua parte em negociar. Obviamente o aluno que fez esse comentário não deve participar das assembleias locais, e está se alimentando apenas de informações advindas da grande mídia e mais, não consegue diferenciar uma notícia tendenciosa e mentirosa do real ocorrido. Esse tipo de aluno não pode ser aceito no final da sua formação com o mesmo tipo de leitura, um aluno que não consiga diferenciar uma jogada política através de uma notícia tendenciosa do que de fato está ocorrendo. A falta que se evidencia no texto está na leitura, no ensino básico sucateado, e não de estruturas gramaticais ou vocabulares, ou seja, não se consegue fazer uma análise do discurso e das vozes que percorrem o texto. Os professores não se sentem motivados a ensinarem os alunos pelas condições precárias que estão ensinando, e pelos baixíssimos salários que recebem se comparados a profissionais de outras áreas com o mesmo nível de formação. 

Voltando à assembleia em si, os cometários finais ficaram por conta do histórico do PT. Partido o qual sempre teve ressonância e aceitação no meio acadêmico, e que hoje simplesmente ignora o ambiente universitário. A tradição grevista e o apoio dos universitários ao movimento estão deixados de lado hoje. Um dos professores lembrou de um slogan do início do PT e o parafraseou, dizendo que com o atual governo o professor estaria "Sem meios de feliz" (em lembrança ao slogan: "Sem medo de ser feliz", que era jingle na época do Collor). 

Ao final da assembleia foram votados os pontos. A proposta do governo foi rejeitada por 88 docentes, sendo que 1 voto foi contrário e 2 se abstiveram. O pedido de encaminhamento ao ANDES da vontade de retorno às atividades obteve apenas 2 votos favoráveis, 85 contrários além de 6 abstenções. Houve ainda o pedido de uma movimentação mais forte na imprensa para tentar mostrar o que está realmente acontecendo. 
Haverá uma reunião do CLG (Comando Local de Greve) às 9h30min no pátio da UTFPR - CT neste dia 08 de agosto. 

É preciso ter certeza que, se o movimento de greve for largado agora, teremos sempre uma população que se deixa alienar pelos meios de comunicação e continua a repetir discursos sem refletir sobre eles. A mudança começa na categoria dos professores, a qual forma todas as outras, e não pode, jamais, ser desvalorizada do jeito que está sendo.  


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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

terça-feira, 31 de julho de 2012

ACONTECENDO AGORA - Apitaço dos técnicos administrativos

Estilização da estátua do Nilo Peçanha


Nesta manhã do dia 31 de julho, os técnicos administrativos em greve da UTFPR realizam mobilização interna no câmpus Curitiba. Eles começaram com um apitaço em frente ao local em que há a administração geral do sistema da UTFPR. O pedido era para que o sistema fosse desligado, ou seja, que ficasse toda a UT sem internet ou sistema interno. 

O pedido de desligamento não foi atendido, e não houve invasão do local que chegou a ser fechado a chaves para que a greve dos técnicos não seja dada como ilegal. Mas permaneceram por um bom tempo próximo ao local, apitando, buzinando, fazendo uma real algazarra para, no mínimo, atrapalhar os serviços.
Seguiram, logo após isso, para o bloco em que a reitoria está instalada. Subiram as escadarias e ficaram um momento no hall Nilo Peçanha. Agora, neste exato instante, encontram-se na frente da sala do reitor, reivindicando a pauta da greve e ainda pedindo para que o sistema seja desligado.

É a greve!


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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

segunda-feira, 30 de julho de 2012

E a greve? Assembleia dos professores foi realizada hoje



Hoje, a partir das 14h30min, realizou-se no miniauditório da UTFPR câmpus Curitiba a Assembleia dos Professores, que enquanto sindicato se encontram em greve e assembleia permanente desde o dia 17 de maio. O estabelecimento ficou cheio de professores, mais de 110, além de alguns alunos e representantes de outras categorias.

No primeiro momento da Assembleia, o professor Ivo (presidente do sindicato), deu os informes de sua visita a Brasília - além do professor Ivo, o professor Edson Fagundes também compunha a mesa. De acordo com o presidente do SINDUTF, sua visita a Brasilia apesar de um tanto quanto conturbada durante o início da estada por conta de outros eventos que ocorriam na capital federal e lotavam as hospedagens, trouxe muitos esclarecimentos. O principal foi quanto ao posicionamento do governo na mesa de negociações, que se utilizou de ameaças de maneira escancarada, a ponto de deixar os professores e a atual presidente, Marinalva, do ANDES (representante nacional dos professores federais) irritadíssimos. O ápice da discussão, em que Marinalva se alterou, e com toda a razão, foi no momento em que a parte do governo pediu para que fossem criados Grupos Temáticos para a negociação entre governo e categoria. Ora, é exatamente isto que se tem feito desde março do ano passado, o governo estava em negociação e assinou um acordo, o qual foi descumprido no início deste ano, e tal demonstração de desrespeito para com os professores advindo do ignorar do acordo é que mais gera indignação na categoria docente. 

Durante a estada do professor Ivo em Brasília, aproximadamente 30 universidades haviam já realizado assembleias, e todas haviam rejeitado as propostas do governo. A ressalva vem para a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), a qual possui um professor que criou o PROIFES e que vale uma explicação especial. De acordo com o professor Ivo, que conhece o professor da UFSCar e que veio a criar tal instituição - que a princípio seria de representação categorial dos professores - acaba por ser um braço do governo. Basta ver que, antes mesmo de as duas outras entidades ainda sequer tivessem terminado de ler as propostas do governo na mesa de negociação, o PROIFES já se dizia favorável às propostas. Outras duas questões que os desqualificam, ou melhor, três, são: 1. Eles são representantes de apenas quatro instituições federais, as quais ainda fizeram alianças às pressas com a organização; 2. Durante as reuniões das mesas de negociações, duas dessas instituições que seriam representadas pelo PROIFES, durante assembleias locais com seus sindicalizados rejeitaram as propostas do governo, e mais do que isso, disseram-se descontentes com o posicionamento da organização que as representara e se desligaram do PROIFES; 3. Por último, é clara intenção do governo por trás desta instituição, que além da rapidez na sua criação, é a que mais aparece na mídia, mostrando-se contente com as propostas governamentais sem ser realmente representante das bases sindicais.

Dito isso, começaram as intervenções por parte dos professores que se inscreviam na hora para ponderarem quanto às questões colocadas em pauta para votação. Em primeiro momento foram consultados os sindicalizados se seria permitido aos não-sindicalizados votarem, como de praxe é feito ainda que seja assembleia permanente pela greve, e foi acordado que todos votariam. Por haver representações do interior, estes foram os primeiros a falarem.

O câmpus de Toledo foi o primeiro a se manifestar, dizendo que os professores de lá já se sentem enfraquecidos na greve e que desejam voltar o mais rápido possível às atividades. Tal comentário começou já a trazer burburinhos entre os presentes, sendo que o representante de Toledo continuou sua colocação, pedindo para que o ANDES apresentasse uma contra-proposta para o governo, flexibilizando os chamados "steps" (níveis de carreira), mas que ainda assim não se aceitasse a proposta dos GT's para a discussão da carreira docente.

Em seguida veio o informe de Dois Vizinhos, que em síntese decidiu por continuar em greve, contrapondo-se à proposta do governo, sendo que não houve reestruturação da carreira. Ainda ressaltou a questão dos professores DE's (Dedicação Exclusiva) que podem ser substituídos por equivalentes em regime de vinte horas, entretanto em câmpus do interior tal manejo é muito mais complicado e deve-se priorizar o esclarecimento desta relação com os DE's que ficou estranha.

O câmpus de Medianeira estaria realizando assembleia praticamente no mesmo horário que estava acontecendo a de Curitiba. Ponta Grossa decidiu por vir à assembleia realizada em Curitiba, com alguns professores que os representaram. Outros câmpus não se fizeram presentes.

Houve dois blocos de falas de professores antes das votações. O professor Edson Fagundes, do DALEM, abriu a discussão, dizendo que agora é que se inicia a greve de fato, pois é a primeira vez que se tem um diálogo com o governo depois de mais de dois meses em greve. Não seria o momento, para o ex-presidente do sindicato e ainda representante da diretoria da atual gestão do sindicato, momento para flexibilização alguma, muito pelo contrário, seria o momento de ser mais rígido ainda na negociação, sendo que agora é a primeira vez desde o princípio da greve em que o governo sente falta da categoria.

Outro professor fez uma fala em seguida, a qual foi muito interessante. De acordo com ele, houve uma instituição do Rio de Janeiro que abriu vaga para professor com titulação de doutor. A vaga seria para pesquisa e extensão, com salário inicial com mais de R$9.500,00, sendo que professor de universidade federal com a mesma titulação ganha, no final da carreira, no máximo, caso consiga chegar ao topo, R$7.200,00 - e depois que se aposenta esse valor cai, pois a data base de vencimento é diferente do pagamento durante o exercício da profissão. Com isso, o governo mostra que se você quiser ser professor neste país, precisa "pagar" para o governo uma taxa. É a única categoria em que para se ter mais uma atribuição (o ensino, que monta o pilar das universidades federais de ensino, pesquisa e extensão) ganha-se menos. 

Uma fala de um professor do departamento de eletrônica veio a enfurecer aos presentes. A fala dele consistia em vitimização dos estudantes prejudicados pela greve, os quais não poderiam mais viajar para formação complementar em outros países e assuntos do gênero. Obviamente este professor foi massacrado ao ser "lembrado" de que professor é uma das únicas categorias que não possui plano de carreira, ou seja, não há sequer de ano para ano a correção da inflação no salário. Com isso, o poder aquisitivo acaba por diminuir ao decorrer dos anos. A fala da professora Maurini, do DACEX, foi de encontro à fala do professor em questão, e disse que os alunos sofrem muito mais por terrem professores desmotivados em sala, com a infraestrutura totalmente sucateada (às vezes demorando meia hora para conseguir ligar um projetor, por exemplo), do que o prejuízo que os mesmos alunos sofreriam durante o período de greve. Além disso, a professora ressaltou a necessidade de se mostrar quais os pontos são passíveis de negociação para com o governo, e quais são inegociáveis, dentre eles a reestruturação da carreira (ponto principal que foi deixado de lado nas duas propostas vindas do governo até agora).

Foi dito que hoje em dia não se chega a 20% a quantidade de professores titulares na universidade, o cargo máximo das instituições federais, e o qual seria privilegiado com o aumento de "mais de 40%" dito pelo governo e ressaltado pela mídia. Em seguida houve a intervenção do professor Schiefler, atual diretor do câmpus Curitiba, com a informação de que de um universo de aproximadamente 1800 professores hoje na UTFPR, apenas sete possuem tal titulação. 

Outras falas vieram a contribuir dizendo que não era momento de flexibilizar. As ascensões na carreira também seriam um ponto obscuro, sendo que tal passagem é feita por uma comissão do MEC que não se sabe o nome nem as procedências para a modificação de nível de carreira. 

Os blocos de fala foram encerrados com a fala do professor Nilson, muitíssimo respeitado entre todos por ter 37 anos de instituição e docência. Ressaltou que sempre durante os discursos políticos, os professores são colocados como a elite nacional, a parte pensante da mesma, entretanto quando há um momento de negociação ou greve, é-se esquecido deste posto, e são resignados à espera infinda da protelação do governo. Lembrou ainda o discurso da ministra Ideli Salvatti, a qual disse que a preocupação da presidenta Dilma no momento seria as profissões que não possuem estabilidade, o que não é o caso dos professores. Então, quando será a vez dos professores? Quando serão realmente considerados a elite nacional? Quando serão vistos como os que trazem de fato a evolução e progresso para o país? A classe hoje se sente desrespeitada por um governo de bases sindicais, petista, o que gera ainda mais revolta e indignação. O professor Nilson encerrou sua fala dizendo se sentir ainda na escolástica, como se tivesse que dar aula por sacerdócio. Não é mais assim, é uma profissão e todos querem ser respeitados e ganharem o justo na sua profissão. Aplausos encerraram o pronunciamento.

Assim, depois dessas intervenções, foi o momento de votação. Em primeiro momento, votou-se pela REJEIÇÃO da proposta do governo, com um total de 106 rejeitando a proposta e apenas outros 15 contrários ou que se abstiveram. Ou seja, a categoria dos professores na UTFPR continua em greve. 

Depois, um bloco de assuntos foi votado e aprovado. São pertinentes ao esclarecimento de o que seriam essas vagas criadas para DEs, bem como pedido de plano de carreira feito por lei e não por medida provisória e, por fim, também pela transformação da titulação em vencimento base.

Por último, foi aprovado em votação o pedido do encaminhamento de uma moção de repúdio ao posicionamento do PROIFES que se diz representante da categoria dos professores enquanto toma a bandeira do governo. 

Assim, a greve continua, e nós, como futuros professores, precisamos nos inteirar dos assuntos. Estejamos de acordo com a valorização da nossa carreira, pois estamos nos formando em uma universidade para sermos professores de qualidade, e não em um monastério para sermos meros sacerdotes do ensino.

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Festa Junina em escola para Surdos 16/06



Que tal aproveitar uma festa junina e ainda poder praticar um pouco de Libras? A escola Alcindo Fanaya Júnior, renomada por seus profissionais e pelo esforço em praticar um ensino bilíngue, oferecerá no próximo dia 16, sábado, uma festa junina caprichada! 

O endereço é Rua Vital Brasil 447, V. Izabel. Participem!

O convite pode ser visualizado em: bit.ly/KKAisT

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

Vagas de estágio

Estudantes de Letras são requisitados para ocuparem vagas de estágio. Não tivemos a informação de qual instituição se trata, se alguém entrar em contato e souber, favor nos comunicar.

Remunerações:
- 04 Horas : 350,00 + 110,00 (Aux. Transporte) / segunda a Sexta-feira

- 06 Horas : 500,00 + 110,00 (Aux. Transporte) /segunda a Sexta-feira


Mais informações , entrar em contato: 3675-5919 / 9242-2325 ou pelo e-mail : elizianejordao@hotmail.com


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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

Instituto Tibagi precisa de corretor de provas

Recebemos a informação de o Instituto Tibagi estar precisando de alguém que corrija cerca de 80 redações aplicadas num processo seletivo. A princípio, a correção ocorreria neste dia 05 pela manhã, mas isso ainda não é confirmado. 

Interessados devem entrar em contato com Édio, do Instituto, pelo telefone 3024 9848. Não temos informações com relação à remuneração do serviço.

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mercadante fala sobre a educação inclusiva



Em época de greve na rede superior de ensino, o ministro da educação, Aloízio Mercadante dá uma coletiva neste dia 31 de maio em que aborda o assunto da educação inclusiva. A educação precisa ser vista não de maneira isolada, porém como uma política pública. Com dados um tanto quanto duvidosos, Mercadante faz afirmações das quais podemos duvidar.

Uma das afirmações do ministro foi que “O Brasil tem que ter 100% das crianças e jovens com deficiência na escola. A escola de atendimento especial é um direito, sim, mas para ser exercido de forma complementar e não excludente”. Percebe-se que é uma benéfica distinção entre escola regular e escola especial, uma não anulando a outra, entretanto, até que ponto isso é realmente bom? É sabido que há não muito tempo, houve o interesse de fechar as escolas especiais ou com atendimento especializado, deixando a encargo das escolas regulares toda a responsabilidade pelos alunos ditos inclusos. Agora o discurso é trazido com ambiguidade, e quem garante que este não seja o primeiro passo, ou seja, primeiro se colocam as crianças 'inclusas' com atendimento também especializado em outra instituição, para depois deixá-las apenas no ensino regular?

As escolas regulares estão sendo munidas com alguns materiais, normalmente distribuídos em forma de cartilha, os quais explicam de forma superficial como tratar certas necessidades especiais. Estes materiais não suprem, em hipótese alguma, a inclusão ou integração na escola. O dado trazido por Mercadante de haver 78% dos professores com curso em educação é de muito duvidoso, pois não se precisa ir longe para ver que esta formação de fato não existe.

A primeira distinção que necessitaria ser feita é com a relação legal, estabelecida por diretrizes e leis, que diferenciam inclusão de integração. O projeto do governo, por mais que leve o nome de inclusivo, trata as necessidades específicas como padronizadas, e acaba por integrar os alunos, ou seja, não presta uma assistência especializada para o aluno. Ao falar da acessibilidade nas escolas, Mercadante diz serem ao todo 22% das escolas acessíveis. Muitas vezes vemos o tratamento dado à acessibilidade como sendo apenas a física, ou seja, instalação de rampas e adaptação de banheiros para cadeirantes. A discussão de acessibilidade vai muito além destes detalhes, que apesarem de serem importantes, não findam a questão. Precisa-se pensar em alunos especiais de uma maneira mais ampliada. Alunos surdos, por exemplo, teriam acessibilidade se todos os funcionários da escola fossem bilíngues, ou seja, usuários de língua de sinais. Alunos com altas habilidades, por outro lado, se os funcionários soubessem como tratar com cada tipo de alta habilidade. Não se pode fazer um pacote e denominá-lo "Educação Inclusiva" e assim aplicá-lo em todas as escolas, muito pelo contrário. As necessidades específicas diferenciam-se demais em tipos, níveis e modos de tratamento.

Há certos tipos de necessidades específicas que necessitam, por exemplo, de um acompanhamento especializado, clínico propriamente dito. Não se tem, na maioria das vezes, um diagnóstico clínico claro desses alunos para um acompanhamento psico-pedagógico eficaz, quiçá preparo por parte dos profissionais da educação. Colocar mais este encargo nas costas dos professores é mais um amadorismo por parte do governo, que está tratando a educação de maneira secundária. Na verdade, infelizmente se entende isso, pois não interessante a um governo sem estrutura uma sociedade pensante, e deixar exatamente a classe dos professores desarticulada é uma ótima estratégia para que isto permaneça sempre assim, uma sociedade que tendo pão para comer e futebol para aplaudir, sente-se satisfeita. 

Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17814:ministro-defende-inclusao-de-alunos-com-deficiencia-em-classes-regulares&catid=372&Itemid=86

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Greve é noticiada no Jornal Nacional



Por dois dias seguidos o jornal de maior repercussão brasileira, o Jornal Nacional, JN, da Rede Globo, noticiou sobre a greve dos professores na rede federal de ensino. Dia 22/05 eles deram apenas um informe de serem 40 instituições de ensino federal a estarem em greve. Ontem, entretanto, a matéria foi um pouco maior. 

O cenário mostrado pelo jornal foi de revolta por parte dos alunos que desejam aula, embora sejam solidários aos motivos da greve dos professores. O fim da matéria, assim como a abordagem dela num todo, foi, obviamente, tendencioso ao mostrar a fala do ministro Aloizio Mercadante. O ministro disse que a greve dos professores foi precipitada e sem motivos, pois, de acordo com ele, o governo está negociando e cumprindo o acordo com as bases sindicais.

Um dos motivos da greve, entretanto, é exatamente o descumprimento do acordo fixado ano passado entre o governo e a classe dos professores, fato inclusive já noticiado anteriormente em matéria neste blog. Este ponto não foi colocado em discussão na matéria do JN. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Marina Barbosa, as negociações vêm sendo discutidas desde 2010 com o governo, sendo que em agosto do ano passado, em medida emergencial, foi assinado o acordo que foi descumprido esse ano, tendo em vista que o acordo deveria ter sido cumprido até o final de março de 2011. 

O que o governo alega ter atendido não foi uma estruturação de carreira, como houvera prometido. O aumento de 4% veio no caráter de medida provisória, o que não garante a efetivação do acordo. Certamente o foco da greve acabou mudando, pois agora temos um desrespeito com os professores, que são colocados como precipitados e, até mesmo, mentirosos, sendo que o governo é quem descumpriu suas partes no acordo e ainda coloca a responsabilidade nos ombros do movimento grevista. Não teríamos este cenário caótico se a ampliação da rede de universidades federais, obviamente o fator atenuante de toda problemática da rede de ensino superior federal, tivesse sido realmente estruturada, e não apenas visando a multiplicação de números de vagas sem a base necessária, como espaço físico, professores, apoio administrativo etc.

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Anderson Spier Gomes
Assessor de Comunicação do Centro Acadêmico de Letras da UTFPR